Estou aqui!
Primeiramente, gostaria de agradecer ao convite e carinho da linda Lena Lopez, para escrever nesse cantinho - The Cave! Fiquei e estou muito feliz e agradecida!
E como não devia deixar de ser, agradeço também, pela PERMISSÃO de meu DONO - DOMCASMURROsp, pois sem ele, minha submissão/escravidão, não existiria. Tudo que sinto, minhas reações e a construção do meu caminho...são graças a Sua presença.
Bem, vim aqui deixar um pouco de minhas impressões...salientando que minha escrita, nada tem a ver com uma cartilha a ser seguida (Por favor, não tenho essa pretensão e muito menos experiência, sou e serei uma eterna aprendiz), tampouco são sensações inerentes a todas submissas, escravas e aquelas que se submetem aos caprichos/desejos de outrem. São apenas impressões e o porquê de eu me intitular "escrava e submissa".
Sei...talvez algumas pessoas leiam e tenham uma sensação estranha...talvez se perguntem, BDSM é coisa para pervertidos e malucos...ou ainda, essa mocinha nada sabe do que diz! Ok. Respeito as opiniões alheias, pois sentir e compreender, vem com o tempo, ele acaba mostrando as coisas, ainda que não aceitemos. E cada um, também deve buscar prazer, satisfação e felicidade onde achar condizente aos seus valores e modo de ver o mundo.
...Sempre tive fantasias – como todo mundo tem – mas, me excitava com a figura de um homem me controlando, ditando ordens, amarrando meus membros e me possuindo de forma brusca, ter meus orifícios violados...quase um estupro consentido. Sempre fui atraída por homens sérios, sisudos. No fundo, desde menina, desejava ser conduzida feito um animal, um bicho, um objeto, um brinquedo. A idéia de ser direcionada por outra pessoa, sempre me causou muito prazer. No meu dia a dia, sou uma mulher segura de si e até um pouquinho orgulhosa, rsrs. Minhas fantasias, não condizem com com meus atos corriqueiros, tampouco com a minha profissão.
Mas tais desejos e sentimentos, sempre foram freados em mim. Na minha mente ignorante e limitada, eram sujos, profanos, desavergonhados, coisas que não combinavam com uma mulher de aparência frágil e de conduta “sem nódoas, sem suspeitas”. Depois que me reconheci submissa, percebo que tal vontade de me submeter aos caprichos de alguém, sempre me acompanhou. Era uma menina obediente, aplicada, estudiosa. A figura da boa filha. Lembro-me de minha mãe dizendo: seja boazinha e não toque no doce que acabei de fazer! Eu a obedecia feliz! O não comer o doce e não tocá-lo, me enchia de prazer e satisfação. Princípios de submissão? Talvez.
Fui perceber minha velada submissão, ao conhecer meu DONO, o Homem que me domina e a quem pertenço. O conheci há aproximadamente três anos. Um amigo, um cúmplice. Não procurei uma relação desse patamar e tampouco sabia como era. Não conhecia os jogos e a vida dentro do universo BDSM. Tais palavras...submissão, Dominação, disciplina, masoquismo e sadismo eram completamente estranhas a minha vivência. Nunca havia lido nada a respeito. Como disse, minhas fantasias "profanas", eram guardadas a sete chaves.
Com Ele, não existiam conversas sexualizadas. Foi natural, sem maiores pretensões...ao menos, não da minha parte.
Dessa aproximação, a cumplicidade foi ficando mais estreita. Não imaginava, que o Homem que aos poucos sabia da minha essência, era um Dominador! Nunca pensei que Nele, havia a outra metade das minhas desconexas e irreconhecidas fantasias.
Meses foram passando. E como havia de ser, acabei sendo Sua...deixei-me envolver-me, sem nada esperar. Sim, sem nada esperar. Era apenas sexo e curiosidade. Nada a mais.
Levei o primeiro tapa no rosto. Fiquei tremendamente ofendida! Fui para casa com o firme propósito de não vê-LO mais. E uma vez sozinha...revoltada fiquei, mas um estranho prazer me envolvia e atiçava-me. Pensava: Ele me bateu no rosto e mesmo assim fui Dele. Porque deixei? Porque continuei? E pior! Mesmo chorando, deixei-me levar!
Confusa e envergonhada, passei dias ruminando meus sentidos. Ele, sempre por perto e atencioso. E lá estava eu...novamente nos Seus braços. Aos poucos, fui sendo apresentada a um mundo que só existia na minha mente: mordaças, cordas, velas...vendas, chicotes e imobilização. Quanto mais Ele me mostrava a esse mundo, mais me encantava e desejava saber, queria conhecer e principalmente, entender.
Muita coisa aprendi na prática, na companhia de meu DONO. Outras, fui sabendo através da leitura de blogs e textos escritos por gente séria e responsável do meio BDSM.
BDSM é pautado no respeito, no prazer, na segurança e principalmente, na consensualidade. Dois seres - Dominador e submissa - se encaixam e são felizes nas condições estabelecidas. A meu ver, não é nada doentio, quando feito por pessoas adultas e conscientes do que desejam. O se conhecer e permitir o conhecimento do outro, é primordial para a continuidade dessa relação tão intensa, onde a entrega da submissa só se faz através da confiança em Seu DONO.
A minha vontade de me submeter a um Homem, finalmente teve explicação. Diante das névoas da minha imaginação, os eventos foram tomando forma e caminho até hoje, ao lado Daquele que escolhi, para ser Sua submissa, Seu objeto.